DOENÇA NA ROSA DO DESERTO - ANTRACNOSE SAIBA O QUE É E COMO TRATAR.
O aparecimento da antracnose se dá em condições ambientais favoráveis, com clima ameno, ou seja temperaturas entre 20° e 30° Celsius, e alta umidade ambiental. Plantas fracas, mal enraizadas ou mal nutridas, com carências nutricionais, principalmente de potássio e cálcio, são mais suscetíveis. Nessas condições o fungo consegue se espalhar e crescer rapidamente, principalmente se houver muita matéria orgânica disponível e pouca ventilação. Por este motivo é raro seu aparecimento em regiões áridas, como no nordeste brasileiro ou em Israel. A transmissão se dá pela água da chuva ou de irrigação, mas também pode ocorrer pelo vento e ferramentas de poda contaminados, assim como insetos e outras pragas. Apesar de infectar as plantas, ele também é um fungo saprofítico, ou seja, consegue sobreviver no ambiente em restos de plantas mortas, como folhas e frutos caídos, esperando uma oportunidade de afetar plantas vivas novamente.
Da mesma forma que muitas outras doenças fúngicas, bacterianas ou virais de plantas, a antracnose produz sintomas um tanto inespecíficos, de forma que o diagnóstico preciso apenas poderá se dar em laboratório. Ainda assim, um agrônomo com experiência prática poderá fazer o diagnóstico e tratar a doença de forma eficiente. Os sintomas mais comuns são manchas arredondadas, de cor marrom, parda, cinza ou negra, sobre folhas, frutos, colmos, etc. Essas manchas apresentam muitas vezes um halo amarelo no entorno (clorose), e o centro deprimido e necrótico, evidenciando filamentos de cor laranja ou rósea, que são estruturas de reprodução do fungos, onde os esporos são produzidos (Acérvulos). Os primeiros sinais aparecem geralmente nos bordos das folhas, ou próximo aos veios, onde a água tende a acumular. Com o crescimento e o coalescer de diversas manchas, a estrutura, seja ela uma folha, broto, ramo, flor ou fruto, pode inteira morrer e cair prematuramente. Em plantas lenhosas, a antracnose acaba formando verdadeiros cancros, que são crescimentos anormais da casca sobre áreas necróticas no tronco, dando um aspecto bastante feio às árvores, além de enfraquecê-las gradativamente.
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